8.29.2008

Far away from here...

O relato de um compatriota na Suécia:

Domingo, 17 de Agosto de 2008
Reposição (nº 16)

Dá gosto trabalhar na Suécia quando...

... a minha hora de saída do trabalho é às 5 da tarde, e ontem tive este diálogo com um colega:

- Pedro, hoje saímos às 16h.
- Às 16h? Mas porquê tão cedo?
- É que começa hoje o horário de Verão da empresa. Até Agosto é assim.
- Horário de Verão? Mas há horário de Verão?
- Sim claro. Como está Sol e bom tempo fazemos menos horas para ir aproveitar os dias.

(Originalmente publicado a 16 de Maio de 2007)


Isto até soa estranho a um Português...

From here

8.26.2008

New "intellectually inefficient" post

I have to recognize that my humble words stink as hell. It looks that there is someone killing my salvation each time I dream about the hectic consequences of being intellectually inefficient. I make inefficiency look like something attractive. My voice hurts my words and my chest explodes the pavement. And they don't understand. They will never understand and neither will I. I'm going to find things that I can dream. I'll pick your suggestions: dreams about the awkwardness of identity analysis capitulation.

Welcome!

Dedal

Ela levantou a mão e rugiu o que a boca não conseguiu comunicar. A raiva borbulhava-lhe nas mãos, os sentimentos pareciam-lhe ilusões. A acção apenas uma mera consequência do deslize do fio que a ligava ao Outro.

Congelei.

Ele reagiu. Emitiu sons que se pareceram com palavras, tentando esgrimir com a ignomínia a cozedura que tinha feito do seu abuso. Abuso da permeabilidade do limite entre um céu limpo e uma tempestade.
Vejo claramente agora como um imbróglio de ininteligibilidades irrompe por entre os cantos remotos dos sentimentos. Ruge-se numa linguagem que pertence aos Deuses.

Ele recuou para um ponto em que a linguagem utilizado desculpava o corte do ténue e frágil fio com que ergueu o seu desafio. Ela mexeu o corpo. O vento zumbiu e uma dor apagou-lhe o canal que lhe levava o discernimento. Tudo se ouviu e nada se disse.

Dois dedos afastado pelo limite entre o Amor e a ignomínia, a dor e o calor que ela emite. Uma protecção contra o escudo repressivo da inércia. Esperem que ambos se picarão novamente. E dirão que nunca nada foi diferente, apenas relatado com cores de suspiros.

8.16.2008

We

...are like flowers on the floor. Waiting to be picked, waiting to be cherished. We live in search of a traced route that stays in track. A common and peaceful way of getting together happiness. We seek everyone's eyes for a reflection. A mirror of our beauty and, nonetheless, of our self pity. To be loved, to be ignored.

And he simply waits outside the door. Screams the pavement. Like an hurricane he fights the common, the ordinary. To live outside the circularity of vision is to be engulfed by timeless memories of void.

And he sinks. And we watch. And we drown. And we get along just fine. Nothing that a tear doesn't wash away. Profoundly ours. Profoundly.

Our hands get together, high in the sky and we simply draw our hearts in our hearts. His heart is the shadow of our self. A vision with no encounters. A bold vision of oblivion.

But he screams! yes, he screams! Oh yes he screams! So loud, loud, loud! And we fuel our pace with ignorance. And we go. And we never come again.

8.15.2008

Adeus

As emoções flutuam por entre as pessoas. Dentro de uma pessoa. Os sentimentos divagam sobre as mãos dela. Inerte. Músculos distendidos. Imóvel. Em silêncio.

A carpideira ruge o soneto, como que procurando fugir à fluidez dos sentimentos e emoldurar um quadro pitoresco e provinciano do sofrimento. Há quem julgue que o quadro fica melhor quando se arranja o conteúdo com lágrimas e sons de plástico.

Tilintavam as lágrimas silenciosas. Surgiam-lhe pelos olhos fechados. A sua face, recôndita, abandonada, impunha silêncio. E todos se vergaram. Por alguma coisa. Por algo que embeleza o altruísmo de partilha da rosa num mar de rosas.

E ela foi. Caíram as pedras, foram as pessoas. E lá está ela sozinha. Para sempre sozinha, na terra agreste rochosa.

Para sempre acompanhada, levada nos braços por memórias que apaziguam e veneram. Um exemplo de tenacidade, um orquídea selvagem nos pensamentos.

Adeus.

8.13.2008

Peanuts

Imagine that a hiring person is offered a monthly salary of 430€ and a food daily payment of 1.50€. Imagine also that after taxes he gets around 400€. 8 hours a day, packaging products.

Imagine that this is real. Stop dreaming and welcome to reality. Welcome to Portugal!

Wait! And someone said: "But 1.50€ it's a lot of money!"

No kidding. I live to be touched by this kind of art.

8.07.2008

Dor

A dor arrebata-nos como uma sedutora insaciável; uiva como uma granada que nos estilhaça a organização pessoal. É reles porque nos relembra o egoísmo atómico da vida, o sentido de preservação em choque com a austeridade da complexidade de quem se consegue colocar no lugar do outro. O Outro. É sempre o Outro. Sempre a pegada que seguimos, o trilho que tentamos recriar pelas coordenadas que os outros nos deixam...no coração de veludo. Guardamos. Esperemos. Imaginamos. Sonhamos.

E continuamos.

A dor, sempre a dor lancinante de quem demora a perceber que de facto o ser são seres em equilíbrio precário, seguros por uma subtileza que cheira a pó de sedução. Um passo à frente e todos vêem. Todos nos lêem nos olhos as lágrimas e conseguem abrir em cada uma o mundo de segredos que afinal não são mais do que papelinhos escritos no ar. E fogem. Fogem-nos das mãos e as nossas mãos esfumam-se. Simplesmente não conseguimos segurar a morte. Nem a vida. Para nosso temor.

E morremos.

Um bocadinho de nós esfuma-se quando só nos resta a compreensão de que uma grande parte da inteligibilidade criada desaparece subitamente. A necessidade projectada no olhar do outro, de o ver, tocar, sentir, acarinhar, imaginar, quebra-se e com isso vão as estepes que seguram as nossas Almas.

Almas são simplesmente criações subtis que substituem o ímpeto (re)construtivo de continuar a acompanhar o que não espera por nós. São raios que nos cegam. Raios amargos, raios doces.

À medida que acomodamos uma parte de nós num cantinho confortável do nosso interior (nosso, eu e tu, nós, vós, eles, o nosso) seguimos confiantes de que perdemos uma parte substancial do Amor que une. Escorrem, vertem-se. Caem. E ricochetam.E bate-nos no fundo do silêncio pensar que estamos sozinhos, abandonados por aquilo que abandonamos a meio do caminho entre o que damos e o que não nos podem dar.

A dor é um projecto do sofrimento, vivida de mais para se vergar a fotos ou para se deixar tocar. Assola-nos insolentemente. E sofremos a dor que nos consola. Porque sofremos para nos acarinhar-mos, mesmo que isso nos leva à redutora sensação de fragmentação total e desmembramento psicológico.

Não. Dor. Alegria.

Acorda. Beija. Bom dia! Dormiste bem?

8.02.2008

As doutoras



No comments.

O quê?!


Acaba aqui dentro? Ai, raios de Zeus partam este carroceiro que leva as pessoas no transporte público!

Transporte individual? Urra!!!!!! O ambiente? Baaahhhhh!

A inteligência da publicidade? O quê?!

Home



Looks like home is a place near nowhere, where dreams collapse. Sleeping on the chair, looking for a motif, is reaching the question: why am I here? Who am I?


And he waits. Patiently. For a home. For a hand. For you.

Gmail with Imap on Kmail 1.10.0

Receiving:

"General" tab

Account name: "'Gmail', for example"
Host: imap.gmail.com
Port: 993
Login: "put your complete email address here"
Password: "your email's password"

"Security" tab:

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Use SSL for secure mail download

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Host: smtp.gmail.com
Port: 587

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"Advanced" tab:

choose "server requires authentication"

login: "put here your email name, without @gmail.com"
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Authentication method:

plain


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